Figuras de Linguagem
- firstb2017
- 10 de ago. de 2017
- 3 min de leitura
Disciplina: Língua

Portuguesa
Autores:
Léo Bernardo n°19 Marcelo Junior n°20
As figuras de linguagem dividem-se em figuras de som, de pensamento (ideias) e das próprias palavras As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.
Figuras de construção
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)
Figuras de som
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais. “Belos beijos bailavam bebendo breves brumas boreais” (Luan Farigotini)
b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos. “Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (Cruz e Sousa) c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos. “Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias” (Padre António Vieira) Figuras de construção
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto. “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)
b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes. Ela come pizza; eu, carne. (omissão de como)
c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!” com calma sem sofrer” (Olavo Bilac)
d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase. “Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores” (Osório Duque Estrada, em Hino Nacional Brasileiro)
e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:
• silepse de gênero Vossa Excelência está preocupado.
• silepse de número Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• silepse de pessoa “O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”
f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra. “O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto” (Carlos Drummond de Andrade) .
g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem. “Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)
h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases. “ Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer” (Camões)
Figuras de pensamento
a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido. “Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. (Cazuza)
b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico. “A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável. Seu Jurandir partiu desta para uma melhor. (em vez de ele morreu)
d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática. Estava morrendo de fome. (em vez de estava com muita fome)
e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados. “Devagar as janelas olham…” (Carlos Drummond de Andrade)
f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax) “O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário.” (Olavo Bilac)
g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada). “Ó Leonor, não caias!”
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